domingo, 29 de março de 2009

Intuição e persistência

Só quando nossa filha fez 15 anos, é que descobrimos a dislexia. Até então, usamos muito a nossa intuição para tudo que fizemos por ela, além natação e fono, indicados pela neurologista que a acompanhou até os 10 anos (Dra Laís Carvalho).
Meu marido eu eu resolvemos, no início da vida escolar dela, acompanharmos bem de perto todas as ações do colégio para tentarmos juntos, encontrar soluções que pudessem dar suporte à apreensão do seu aprendizado.
Uma das coisas que tentamos, mas não conseguimos com a escola, foi colocar uma auxiliar na sala de aula, como uma "personal". Hoje, existem várias escolas fazendo isso, e sei que auxilia muitíssimo.
Uma intuição que tivemos e que ajudou bastante, foi conseguir que a professora ao escrever no "quadro negro" , usasse giz colorido para cada frase. Com isso, a concentração não dispersava tanto e facilitava para ela achar o local em que estava copiando. Foi muito bom.
Quando a levamos para fazer uma avaliação do PAC (ver no blog), fizemos algumas experiências, para percebermos qual seria a melhor forma para ela se concentrar. Algumas pessoas só conseguem se concentrar com o absoluto silêncio, outras não. Com ela, descobrimos que funcionava melhor com barulhos à sua volta. Música ao fundo, ou mesmo uma televisão ligada, por mais incrível que pareça. E é muito interessante ver como somos todos diferentes, com tantas nuances. Portanto, a educação não dá mesmo para ser unificada.
Mudamos também a cor do papel, ao estudarmos com ela. O amarelo consegue ajudar na concentração. Parece besteira?? Pois é; funcionou.
Outra coisa interessante foi fazê-la tampar com os dedos, os dois ouvidos ao ler um texto em voz alta. Com isso ela se escutava "dentro da própria cabeça", e ajudava a memorizar melhor o que havia lido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário